Não que "O Homem que Calculava" fale apenas de números, continhas, teoremas e blá, blá, blá, não é isso, porém vai muito além.
Como de praxe, começarei falando da capa, conteúdo, etc. A capa é muito linda! Chama atenção. Um belo tom de azul nas bordas lisas. No centro, fosco, uma bela figura de homens tipicamente árabes ilustra belamente a capa. Gostei bastante, ótimo trabalho da Record.
O livro conta as proezas matemáticas do persa Beremiz Samir, o Homem que Calculava. As peripécias do calculista são contadas pelo bagdali Hank Tade-Maiá que acompanhará Beremiz como um seguidor.
E agora acho que devo falar um pouco do por que de ter gostado tanto deste livro. Bom, ao contrário do que eu pensava, que o livro se tratava de um monte de estórias cheias e contas chatas que iam ficando piores ao longo do livro... Mas não é bem por aí. Os contos contam estórias bem simples, diretas, não muito descritivas sobre problemas matemáticos e/ou cultura oriental islâmica (muçulmana). O que eu achei maravilhoso, pois me acresciam quanto ao pensamento lógico e culturalmente ao conhecer um pouco da cultura, costumes e religião dos povos do oriente.
E nenhum dos contos envolviam uma matemática chata e complicada. Tudo era muito simples e prático e a maioria dos problemas resolvidos pela genialidade de Beremiz utilizava bem mais de raciocínio lógico do que matemática teórica. E quando o raciocínio dele não ficar claro, no fim do livro tem um apêndice explicando matematicamente com mais clareza os cálculos envolvidos.
Vou resumir aqui um dos contos e, obviamente, o mais famoso:
Eu esperava que não houvesse final para esta história, no entanto, fiquei surpreso, pois há sim um final e de fato, surpreendente e inesperado (em parte, hehe)!A divisão dos 35 camelos: Beremiz e Hank encontram um grupo de três irmãos que tem um problema com uma herança. Seu pai falecido deixou como herança 35 camelos aos 3 filhos. O mais velho receberia metade dos camelos. O do meio receberia um terço dos camelos e o mais novo, um nono dos camelos. Mas 35 dividido por 2, 3 e 9 deixa resto e nenhum dos irmãos queria abrir mão de sua parte. Beremiz pede o camelo de Hank emprestado para juntá-lo ao total de camelos. Agora são 36 camelos divididos por 2, 3 e 9 = 18, 12 e 4 camelos respectivamente. O somatório, então é de 34 camelos. Beremiz toma o camelo de Hank de volta e por sua perícia é agraciado com o camelo que restou. Então, Beremiz segue viagem com Hank, agora cada um com seu camelo...
Só tenho a recomendar "O Homem que Calculava" à todos, de todas as idades, de todos os interesses, pois é uma leitura que realmente vale muito a pena!
muito bom esse livro!!! recomendo a quem gosta de matematica!!!
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